sexta-feira, fevereiro 28, 2003
Agora você pode apreciar o impagável Show de Goerge e Saddam - originalmente publicado noThe Guardian - em português.
14:40
"Name´s Neville Quain... head of security. I don´t remember meeting you at the briefing earlier..."
"Let´s hope it´s not Alzheimer´s, Mister Quain."
The Filth # 7
Tenho a impressão que a minha apatia está desaparecendo...
:))
12:18
Está ocorrendo um bug irritante aqui no Blogger: todos os acentos estão sendo substituídos por caracteres bizarros.
É só comigo ou tá acontecendo com mais gente?
12:12
Olha aí uma notícia (aparentemente) boa:
Sky muda e lança novos pacotes de canais.
12:08
Neste começo de ano li poucas HQs. Nas bancas não tem nada que me interesse e a única coisa relacionada com a categoria super-heróis em que gastei meu suado dinheiro foi o elseworld Liga da Justiça - O Prego. Por sua vez, o retorno da DC Comics ao mercado brasileiro, desta vez pelas mãos da Panini, não me entusiasmou nem um pouco. Em matéria de mangás, há tempos parei com Vagabond - que, apesar da arte belíssima, tem um roteiro bocejante - e os números mais recentes de Samurai X estão encostados num canto, intocados. O único fumetti que compro é Mágico Vento, mas não o estou vendo nas bancas e, para falar a verdade, nem sinto falta.
Apatia é a palavra-chave.
Assim, para fazer pelo menos alguma coisa de útil, resolvi arrumar os gibis e livros aqui em casa e acabei me deparando com um monte de material excelente que não lia há um bom par de anos, coisas de quando eu estava no final do ginásio/começo do colegial (aliás, "ginásio" e "colegial" nem existem mais, são termos ultrapassados, tão datados como alguém falar que cursou o "científico"). E já que eu estava com mão na massa, remexendo em Marshall Law, American Flagg!, Love&Rockets, Cripta do Terror etc, não custava nada reler.
Mas o problema quando você começa a ler material antigo é perceber que aquela história que, na sua opinião, era o máximo quando você tinha 14 para 15 anos, não é tudo isso. Sabe como é que é: os diálogos são bobos, o roteiro é um amontoado de clichês, os personagens têm a profundidade de um pires e os desenhos são cheios de erros de anatomia, com cenários toscos e cores chapadas.
Assim, resolvi começar com o Monstro do Pântano de Alan Moore, Steve Bissette e John Totleben. Este era um quadrinho que, ao ler, eu sentia uma sensação enorme de... nojo. Isso mesmo, nojo. Asco dos desenhos de Bissette e Totleben que, junto do texto do Moore, me transmitiam uma aura de bizarrice e - de alguma forma e por mais estranho que pareça - profanidade. Ler aquelas histórias era desafiar a lógica do mundo dos super-heróis onde o Bem sempre vence o Mal, onde o mocinho é loiro-de-olhos-azuis-e-queixo-quadrado e não um amontoado de musgo em forma de gente com tubérculos nascendo nas costas, que vive num pântano nos confins da Louisiana - e não em Gotham City ou na cosmopolita Nova York - com uma mulher de cabelos prateados que, ainda por cima, transa com o amontoado de musgo.
E então reli, saboreando cada palavra de Moore e cada detalhe da arte de Bissette/Totleben e mais tarde de Rick Veitch. Vi o Monstro do Pântano descobrir que não era Alec Holland, o macaco-rei deliciar-se com os medos de crianças autistas, Jason Woodrue endoidecer de vez e John Constantine enfrentar a Brujeria.
O melhor de tudo é que verifiquei que o terror e asco continuavam. Também notei alguns detalhes que na primeira leitura haviam passado desapercebidos, como a influência de Hieronymus Bosch no inferno desenhado por Bissette. Monstro do Pântano é, sem dúvida, um clássico do terror.
Agora, tenho um monte de gibis para reler. Aos poucos, verificarei se eles eram realmente bons como me lembro ou apenas armadilhas nostálgicas criadas pela minha memória.
00:46
Finalmente recebi hoje, após inúmeros telefonemas para Devir - uma vez que a comic shop que eu frequentava fechou as portas - The Filth # 7 e 8, além da The League of Extraordinary Gentlemen # 4.
00:21
quarta-feira, fevereiro 26, 2003
Para quem gosta de histórias da Era de Prata das HQs de super-heróis, visite este site (dica do xará Soares).
Agora, se você quer ler várias HQs lançadas recentemente no Brasil, visite este daqui (dica do Ganesha).
00:53
Vento Negro é a história de dois amigos, um japonês e um americano, que tem como pano de fundo a época que antecede a Segunda Guerra Mundial, até a eclosão da mesma e o seu término em Horishima, envolvendo amizade, traição e amor não só ao seu país como o de uma mulher que coloca-se entre os dois. F. Paul Wilson conta, de maneira competente, a desconfiança e o preconceito na relação entre EUA e Japão durante quase 20 anos, acrescentando um toque de misticismo com a história de uma misteriosa organização japonesa que pretende conquistar os "selvagens" ocidentais ao liberar uma poderosa magia, o "vento negro" do título.
Percebe-se, desde o início da trama, que Wilson fez uma extensa pesquisa para compor o livro. Isto reflete-se desde a descrição de locais como a São Francisco da década de 20, Pearl Harbor, o Palácio Imperial japonês, Kyoto etc. até a explicação sobre o complexo código de honra dos japoneses e sua dedicação ao imperador. Por um lado, tal pesquisa acaba servindo de desculpa para entupir o livro com uma enorme quantidade de palavras japonesas, nem sempre explicadas, cabendo ao leitor interessado procurar um dicionário japonês (verdade que, hoje em dia, o que não falta é dicionário na Internet, entretanto deve ter sido difícil para quem leu o livro na época do lançamento em 1988...).
Outro problema é o triângulo amoroso entre os personagens principais, piegas e canastrão até dizer chega e cheio daquele tipo de coincidências forçadas que faz a alegria de romances água-com-açúcar e novelas de terceira categoria. Aliás, nestes trechos era impossível não lembrar das telenovelas do canal NHK, as quais às vezes assisto na casa da minha namorada (e ainda que meu japonês se limite à um punhado de frases feitas, tenha em mente que a canastrice é uma linguagem universal).
O livro, narrado pelo americano, só fica bom mesmo na segunda metade, principalmente com a descrição mórbida do ritual para liberar o vento negro e com Wilson assumindo a teoria de que os EUA deixaram o Japão atacar Pearl Harbor como um pretexto para entrarem na guerra. É só a partir daí que o leitor recupera o tempo perdido até o final catastrófico, mas esperado.
00:36
domingo, fevereiro 23, 2003
Rodolfo S. Filho, do ótimo Leituras do Dia, informou que o Planetary # 16 ainda vai demorar um pouco... para ser mais preciso, só em Agosto mesmo.
Nesse meio tempo, será lançado um crossover junto com o Batman.
Pelo menos isso...
19:35
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