sexta-feira, fevereiro 07, 2003
Hombre foi um primeiros livros escritos por Elmore Leonard, antes dele tornar-se famoso como escritor de mistérios (rótulo que ele mesmo não aceita, vez que nem todos os seus romances possuem os tradicionais assassino, vítima e whodunit) e que depois transformariam-se em filmes como O Nome do Jogo , Irresistível Paixão e Jackie Brown.
A sinopse: John Russell, um homem criado por apaches, resolve deixar sua vida de domador de cavalos no Arizona e viver como branco. Para isso, embarca numa diligência, só para ser discriminado pelos outros passageiros brancos. Mas quando são atacados no meio do deserto por bandidos, os passageiros devem confiar em Russell para guiá-los para fora do deserto.
Este western - que também já ganhou uma versão para o cinema com Paul Newman - é narrado em primeira pessoa por um dos passageiros. A trama é tensa desde o início, e se desenvolve neste ritmo até atingir o final trágico, ainda que previsível. É possível ainda perceber a influência de Hemingway - um dos autores prediletos de Leonard - no texto, com suas frases curtas e precisas.
Hombre é uma ótima surpresa para quem estava acostumado com os trabalhos posteriores de Loenard: nada de personagens bizarros, humor infame, passagens cômicas.
16:33
Neste Domingo 09/02 tem mais uma Fest Comix. Como nas duas últimas edições (esta é a quinta), será realizada na Avenida Paulista, 900, no prédio da Gazeta, com entrada franca a partir das 10:00 horas, e terá mais de 200 mil produtos em promoção (HQs, DVDs, action figures etc.).
Alguns produtos que merecem destaque são os álbuns de Ken Parker por R$ 9,90 cada, além dos três volumes do clássico Novos Deuses de Jack Kirby (que, ao contrário do TPB original, tem papel de boa qualidade e a história que encerra a saga). Também serão lançados , entre outros, uma compilação das tiras para o jornal de 007 - O homem da pistola de ouro e uma encadernação de Jonah Hex - Oeste Sombrio . Em matéria de livros e álbuns de luxo, existem ótimos descontos para Deuses Americanos de Neil Gaiman (R$ 29,90) e Palestina de Joe Sacco (R$ 19,90).
O único porém que vi nesta programação foi que todas os comics importados estão por R$ 5,00, enquanto que na última edição havia muita coisa boa - e muita coisa ruim :) - a partir de R$ 2,00.
16:26
domingo, fevereiro 02, 2003
FELIZ ANO NOVO CHINÊS !
12:28
Finalmente consegui assistir O Senhor dos Anéis - As Duas Torres, depois do filme ter estreado em todo o Brasil há um mês (menos em Atibaia, é claro).
Antes de mais nada, já vou declarando que não sou um fã hardcore da trilogia de livros de J. R. R. Tolkien. Li os livros em 95/96, gostei da história - a capacidade de Tolkien em criar um mundo crível, por mais que esteja recheado de criaturas fantásticas, é admirável - apesar de algumas passagens irritantes dela - como as canções intermináveis e aquele personagem chato chamado Tom Bombadil (ou algo do gênero) - e o máximo de fanboylice que me permiti foi comprar um mapa da Terra-Média quando estive em Cambridge. Digo isso pois, em listas de discussão pela Internet, alguns fanáticos estavam esperneando porque o diretor e roteirista Peter Jackson teria "traído" a história, distorcendo passagens e acrescentando novos fatos. É o típico pessoal que não percebe que livro não é a mesma coisa que filme (duh!), que ambos possuem regras próprias e que não são sequer aparentados, como é o caso das HQs. É o óbvio ululante, mas o que não falta é gente teimosa...
O filme, em si, é bem feito. As paisagens da Nova Zelândia são lindas e Jackson soube aproveitar bem. A narrativa melhorou se comparado com o primeiro capítulo e a passagem do tempo não ficou tão forçada e artificial como antes. Os efeitos especiais estão ainda mais impressionantes e Gollum realmente ganha vida através deles (aliás, alguém reparou que ele é a cara do Steve Buscemi? :)
Os personagens "reais" também foram bem trabalhados, com exceção de Gimli, o anão. Talvez seja aí que os fanáticos tenham razão, pois o personagem transformou-se no alívio cômico do filme, papel que não tinha no livro. Por mim, tudo bem. O problema é que a participação cômica dele foi além da conta, com piadas em excesso, às vezes sem graça e, o pior, nos momentos errados. E como se sabe, em matéria de comédia, timing é essencial.
Outro ponto negativo: nada de um trailer monstrando o que acontecera no filme anterior, prejudicando aqueles que não se lembravam da história depois de um ano.
Em suma, gostei do filme, que cumpriu a sua função em divertir durantes 3 horas. Agora é esperar que Peter Jackson feche a trilogia com chave de ouro.
12:11
Fábio Fernandes colocou um link para o Serendipity no seu Pólis, além de um comentário. Valeu mesmo, Fábio!
E como disse no post anterior, o Mandarino voltou, e com um novo endereço:Hypervoid.
11:31
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